sábado, 1 de setembro de 2018

Ela é assim, como era a minha bicicleta
Meio que reta, meio que torta
Mas tem personalidade e vida própria.
Nada mais que uns canos retorcidos
Um pouco de alumínio fundido.
Linda, imponente, até parece gente
Quem a vê de frente, começa imaginar
É só um apanhado de ferro a querer desafiar
O mundo que roda sob suas rodas.
Seu ronco irresistível, faz até o insensível
Dos insensíveis arrepiar,
E quando passa como donzela na passarela,
Arranca suspiros, seja por inveja ou por paixão.
Um emaranhado de ferro talvez,
Com cara de má, mas sensível, eu sei
Basta acelerar, pra ganhar o mundo
Em poucos segundos, livre
Como um cavalo alado solto no prado.
Tendo ou não a cara de má
Ninguém se importa, eu até já me acostumei, nem noto
Não me importa, ela é a companheira
De uma vida sem eira nem beira
Ela é só... a minha moto!

Nenhum comentário:

Postar um comentário