quarta-feira, 31 de outubro de 2018






Voando no chão

Um dia, sentindo o vento tocar em meu rosto,
A doçura do tempo,
E enxergando mesmo com os olhos fechados,
Comecei a viajar...
E fui onde ninguém jamais foi,
E me senti como o foco principal,
Um homem imortal,
A vida viva e a norte ausente,
O tempo esquecido,
E a realidade imprudente.
Fresando o caminho,
Andei em singelos passos,
Mas com forte e grande confiança.
Como foi boa aquela viagem,
Eu já tenho passagens para retornar a este lugar,
Sou um simples viajante,
Porém, sonhador de sonhos distantes.
O meu carro, pequeno,
Na verdade nem cabe a minha cabeça,
Mas o que ele pode fazer,
São coisas, anormais, o homem que enlouqueça.
Na verdade todos possuem,
Cada ser humano tem seus carros que convém,
Alguns mais estragados,
Outros novos,
O grande incômodo,
É o medo de viajar,
E o triste jeito de se acomodar.
E se vivermos sem jamais ter feito essa viagem,
Viveremos presos ao medo de ter coragem.
É confuso mais não absurdo,
Ainda por saber,
Que todos gratuitamente têm essa chance,
Mas renunciam a oportunidade de voar,
E vivem a “grande” vida, tristes, sem saída.

Antonielson Kleverisk (Sousa
O que é prosperidade ?

É correr atrás da chuva e sentir o vento solto no rosto. É ver o outro lado das pessoas que alguns não conseguem discernir. É sentir o calor da madrugada e o frio da tarde, sabendo que nenhum é pior que o outro, na verdade se completam.

É andar descalço na chuva e sentir pingos no rosto, e se chorar, chore, deixe correr o desejo de ver a justiça vir a galope contra a corrupção. É andar na cor do sol amarelada e vermelha no entardecer e saber que depois vem a noite que abrirá para o mais nobre viajante: o amanhecer.

Se o medo te colocar um peso: deixe-o na estrada. Se a angústia te cobrar: pague com o olhar ao pôr do sol. Se a tristeza de envolver: aproveite para crescer. Se a ansiedade te for um peso: lembre-se que ela é filha do medo, se não conseguir deixá-la na estrada, alia-se a ela por um tempo e ela perderá seu poder.

Prosperidade do nobre é ver beleza na simplicidade, é ter amor a verdade. A grande luta pela prosperidade do ter, trás mais escravidão que solução. Ter sempre mais, nos torna menos.

Sentar tranqüilo e ouvir os sinos do coração e também a música do céu. Viver cada momento sem pensar na próxima hora. Prosperidade é deixar a vida correr como rio abaixo que escolhe, tranquilamente, o caminho do mar.

Ser prospero é não ter nada e ter tudo. É viver descansando nas Mãos do dono e servindo o outro, para se ter a riqueza de ser.

Qual é o próspero que amou mais que tudo suas conquistas: É aquele que viu as águas passarem; as nuvens nas estações; a cor do som dos pássaros; o coração dar a mão aos olhos; e aquele que chorou a alegria de ser. Bem-aventurado os pacificadores… .

Na paz do Verbo,

Silvério Peres

terça-feira, 30 de outubro de 2018




eu sou o vento que passa
sou a brisa que toca seu rosto
no embalar da melodia
sou a letra de uma musica inacabada
sou o princípio de um amor sem fim
sou a vela que queima lentamente no escuro
sou o escuro dos seus tormentos nas noites sombrias
sou a brasa que queima sem sentir
sou o tempo do espaço perdido que se perdeu no tempo
sou o a saliva de sua boca num beijo ardendo em chamas
sou ida e também a volta
sou o começo, meio, fim e nada
sou o alfa, o espaço, o buraco negro
sou o entardecer, o anoitecer e o amanhecer
sou sol, luz, vida
mas também
eu sou a morte...
Durante minhas andanças como motociclista aprendi muitas coisas, dentre elas, aprendi que o capacete tem acústica perfeita para gargalhadas.

O vento seca as lágrimas mais rápido.
Uma linda estrada te dá tempo e oportunidade para refletir, apreciar o nascer ou o por do sol à beira de uma estrada acalmando nossa alma.

Minha moto é um palco onde posso cantar ( Quem nunca cantou em cima de sua máquina quando a viagem está maravilhosa )

Viajar sozinho é uma oportunidade de se reconectar consigo mesmo.
Dar um simples rolé para esfriar a cabeça e esquecer os problemas...
Cumprimentar um irmão motociclista na estrada é único, é uma forma de dizer ...meu irmão!

Sentir o vento no rosto numa esticada.
O espírito motociclista que habita em mim me deixa feliz por cumprir e desfrutar de um código .
O olhar de admiração ou o aceno de uma criança ao ver um comboio passar não tem preço.

Aprendi que a liberdade é sim um estado de espírito...
e o meu espírito com absoluta certeza é biker .
Ser motociclista não é o que muitos pensam, mas na realidade é na verdade o que realmente somos..

A vontade de estar com um dos brothers simplesmente para conversar tomar uma cerveja e dizer de coração que a próxima pegada precisamos estar juntos de novo.

Estar num clube de respeito e ser reconhecido como irmão por todos é a minha total consagração !!!

sábado, 27 de outubro de 2018



Era uma tarde quente de verão, eu estava quase dormindo em minha mesa quando vi esse senhor chegando na loja. Entrou a passos lentos, ajudado por uma bengala, eu diria que deveria ter uns 70 anos de idade.
 Passou sem dar atenção pelas Harleys e pelas Ducatis, mas as Triumphs fizeram ele parar.
Levantei de minha mesa, tão devagar quanto ele e caminhei em sua direção, apertamos as mãos e antes que eu pudesse me apresentar ele perguntou:
“ Eles ainda fabricam Triumphs?”
Eu: “Sim fabricam, zero KM se você quiser”
Ele riu, tamborilou os dedos no tanque de uma 675 usada que estava entre nós e disse:
“Ah não… eu não piloto mais”
“Mas eu tive várias Triumphs a muito tempo atrás. Acho que a minha primeira foi em 1960.”
 Então ele começou a me contar sobre uma época em que as ruas asfaltadas eram raras e a manutenção das motos era feita no fundo de quintal.
Peças eram difíceis de encontrar e tinham que ser adaptadas de outras motos ou serem fabricadas em tornearias.
Também me contou detalhes das motos que só conhece quem já as desmontou e montou várias vezes.
Definitivamente era o tipo de pessoa que tinha Triumphs não por status, mas porque simplesmente as amava.
Ele ainda me contou que apostava corrida com seus amigos nas estradas de chão ao redor da cidade.
“Não usávamos capacete e nem luvas… só um bando de garotos irresponsáveis.”
 Tentei convencê-lo de que as motos e as ruas mudaram muito, mas a garotada continuava a mesma.
“Pode ser ” ele disse… “Pode ser”…
As vezes ele ficava em silêncio e seus olhos fitavam o logo “Triumph” no tanque da moto. Talvez estivesse tentando lembrar mais histórias. Eu teria ouvido a todas elas com prazer.
Eu o acompanhei até a porta e antes de nos despedirmos, ele olhou para meus pés e viu a bota esquerda, com o couro castigado pelo câmbio da moto. Sorriu um sorriso franco e me perguntou:
 -“ Motoqueiro também?”
Eu: -“Sim”
Apertou forte a minha mão,  me desejou sorte e se foi.
Talvez um dia eu tenha uma Triumph.. Não sei… Mas isso não importa, afinal, de um jeito ou de outro, somos todos motoqueiros.
Aquele aperto de mão é registro de uma irmandade, podemos encontrar nossos “irmãos” em qualquer parte do mundo, em diferentes situações.
Somos motoqueiros e ainda seremos mesmo depois que a canseira do tempo não nos deixe mais subir em uma moto.
http://www.curbsideclassic.com/blog/triumph-the-passion-for-the-machine-and-the-brotherhood-between-bikers/
Texto por Rubens Florentino escrito para a Curb Side Classic

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

FEELIN 'ALONE 
Por Bob "Bikerwolf" Bryant
Seu rosto tão desgastado 
Como seu velho colete de couro 
Agora dias não pertencendo 
Mais velho que o resto
Memórias dos Irmãos 
Continuaram a pavimentar o caminho 
Pela estrada para o céu 
Ele sabe que vai viajar um dia
Ele ainda é um cara difícil 
Você pode ver em seus olhos 
Se os jovens tentam levá-lo 
Eles estão em uma grande surpresa
Ele nunca vai dar a mínima 
Sobre o mundo moderno de hoje 
Ele mais uma vez gostaria de encontrar 
Uma boa garota à moda antiga
Às vezes ele se senta e deseja que 
Ele tenha morrido há muito tempo 
Quando ele era mais jovem 
Voltar, quando se sentiu como um irmão
Mas ele continuará cavalgando 
Cabelos grisalhos voando ao vento 
Até o dia em que ele for para o céu 
Pilotando aquele trovão gêmeo "V"