domingo, 13 de março de 2011

 

Canto da Estrada

Montado em minha motocicleta

e de coração leve
eu enveredo pela estrada,
saudável, livre,

com o mundo à minha frente,
levando-me aonde eu queria.
Estrada minha e de todos,
o que posso lhe dizer
é que não tenho medo de deixá-la,
por mais que a ame
você há de ser para mim
mais do que o meu poema.
Eis como hão de ser os dias

 que lhe podem suceder
nem bem chegando à cidade

à qual era destinado
dificilmente se há de estabelecer
e ter alguma satisfação
sem que ouça um apelo irresistível
a de novo partir 

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