terça-feira, 29 de março de 2011



Prosperando

Dentre os mais diversos processos que os clubes do Brasil tem para integrar seus aspirantes, sem dúvida dois deles são os que se destacam mais. Os dois opostos:
- O processo internacional tradicional, que todos nós conhecemos ou, supostamente, deveriamos conhecer, e
- O não processo, ou seja, o processo inexistente. Sim, falo dos supostos "M.Cs." que entregam brasão fechado aos seus novos integrantes sem ao menos conhecê-los direito e, em alguns casos, sem estes nem mesmo possuírem uma moto.

Sobre esta última forma, não me estenderei muito, pois na minha opinião, ela desconsidera todos os princípios da subcultura biker e acho que todos os "Moto Clubes" que a praticam deveriam pelo menos se dar o respeito de se auto-denominarem "Moto Grupos", pois deveriam saber tudo o que significa realmente um Moto Clube.

Então, falando do processo de integração tradicional e praticado amplamente pelos clubes internacionais e por alguns clubes nacionais, acho que todos por aqui já tiveram a oportunidade de avaliar cada uma de suas características e formar uma opinião a respeito (mais uma vez, se você não sabe do que estou falando, ignore este blog).

Bom, partamos do principio de que o pilar principal de um clube é a irmandade. E não me refiro à irmandade entre os clubes ou à tal da boca pra fora chamada "irmandade motociclista". Não! Me refiro à irmandade latente e sempre crescente que existe entre dois integrantes de um clube sério. Me refiro a ter um irmão de brasão, um irmão de estrada. Uma irmandade testada a ferro e fogo, construída com anos de asfalto, sujeira, chuva na cara, frio, bons e maus momentos juntos. Essa é a irmandade que constitui o elo que une a todos os integrantes de um M.C. e é por ela que todos matarão e morrerão.

Tendo isso em vista, acho desnecessário enfatizar a necessidade de se avaliar um próspero por um tempo que seja suficiente para que este entenda o grau de irmandade que há entre os integrantes, para que este decida se realmente quer fazer parte dessa irmandade, para que conheça as qualidades e, principalmente, os defeitos que o clube tem e para que o clube decida se o próspero é um homem de verdade, merecedor, e que vai honrar o estandarte que representa toda a história que o clube arrasta.

Por último, é o tempo necessário para que o próspero tenha o mínimo de vivência de todos esses fatores que consolidam essa tal irmandade que, no fim de tudo, já estará formada entre ele e o clube e o brasão nada mais será do que uma confirmação de que ele já é um irmão... Fui claro?

Outro fator que causa uma certa relutância da parte de algumas pessoas em aprovar o processo ao qual o próspero é submetido, e que também leva muitos clubes a, simplesmente, excluir tal fator do processo de integração aplicado a seus prósperos, são as tarefas e obrigações que o próspero deve cumprir.

Bom, sobre isso, cada clube tem a sua postura e exige o que acha que deve ser exigido para que o próspero prove seu grau de comprometimento para com o clube.

Minha opinião sobre isso é que, quanto mais rígido for o processo, mais certeza se terá de eliminar os fracos e mais merecedor o integrante se sentirá após cada conquista, culminando no brasão, que o integrande, posto o que significou para ele conquistá-lo, o defenderá com a própria vida, se necessário.

Dan 
Prymus M C

sexta-feira, 18 de março de 2011

LOUCOS E SANTOS
Marcos Lara Resende
(não é de Oscar Wilde)

Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila,
que
 tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.

Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo
.

Deles não quero resposta, quero meu avesso.

Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco.

Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças
e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.

Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.

Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.

Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,
mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos.

Quero-os metade infância e outra metade velhice!

Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou, pois os vendo loucos e santos,
bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que
"normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.



    QUEM NÃO PODE COM ELES, QUE JUNTEM-SE A ELES.

Frase antiga que explica a incapacidade de lutar para melhorar a própria vida, a incompetência de sustentar seus ideais e suas idéias, sucumbindo ao mais "forte", ou ao mais "poderoso", sujeitando-se ao mandos do novo dono, tal qual o antigo escravo, mais isso não é novidade aos descendentes das raças escravizadas que formaram nosso grande BRASIL.

Aos CORVOS de coração, que aqui permanecem, não nos abatemos por pouca coisa, nem a traição da velha familia que este ano completa sua maioridade, somos e sempre seremos livres para rodar e voar por aí, nunca teremos dono, seremos sempre a familia, e sempre seremos RESPEITADOS, não pela força, mas pela inteligência, de não cair nas armadilhas e sobrevivemos, nos reproduzimos sempre e iremos perpetuar essa especie, que não é nativa da BRASIL, mas que trouxe a honra de representar esse pássaro divino de nome CORVO.

CORVOS, CORVOS, CORVOS, três Vivas para os CORVOS.

Kinha o Corvo.
Diretor Regional Sul-SP / SS Itariri.


A elegância do comportamento no motociclismo
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, inclusive quando pilotamos nossa motocicleta.
É uma elegância desobrigada, um gesto ao ser auxiliado numa ultrapassagem, um cumprimento e um sorriso no pedágio, um leve toque de buzina e cumprimento de mão aos guardas rodoviários também não custa nada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas pessoas que escutam mais do que falam e quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no dia a dia.
Quando nas estradas cruzamos ou ultrapassamos um companheiro motociclista não custa um aceno de simpatia ou um toque de buzina, mesmo que ele pilote uma 125 cc.
Numa viagem com amigos ou simples conhecidos é possível detectar elegância nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir aos frentistas e garçons.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores, porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é o motociclista que demonstra interesse por assuntos que desconhece, se preocupa com a manutenção da motocicleta do companheiro, com sua bagagem, é quem cumpre o que promete. É elegante não ser espaçoso demais nem querer ser líder por vontade própria. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro, é muito elegante não falar de dinheiro e de viagens desconhecidas dos demais em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
Uma potente moto tinindo de nova, um belo sobrenome, experiência em grandes quilometragens e nariz empinado não substituem a elegância de um gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Os motociclistas de um modo geral são solidários, leais, amistosos.
Ser elegante é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social e das cilindradas da motocicleta. Se os companheiros de jornada não merecem certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la. Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: isso tudo não é frescura, é apenas A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO NO MOTOCICLISMO.
Autor: Otavio Araujo “Gugu” – 68 anos, motociclista há 52 anos
Isso serve pra vida!!!!!!!!!!!!


BIKER BABES






“ É chegada  a  hora,  
com  ou  sem destino,  
o importante é  estarmos  juntos,   
sentindo  o  vento, a chuva  ou o sol  no  rosto,  
sentindo   este  maravilhoso  ronco,  
desta   máquina  que  nos   transporta   
para  a maior  de   todas   as  emoções,     
que é viver.     
Sobre  duas  rodas  vamos  nós,  
amantes   da  liberdade, 
resgatando os sonhos  que  ficaram para trás, 
a  fim  de torná-los realidade. 
Cada qual com  seu  estilo,  
independente  ao   sobrenome  que  herdou, 
nesta trilha da vida somos todos iguais, 
e  responsáveis por construir o nosso hoje e nosso sempre.
Não podemos deixar  passar este tempo. 
Se não tivermos histórias para contar 
é porque com certeza não vivemos. 
Temos que fazer valer a pena, 
já que estamos aqui por um curto espaço de tempo. ”









LIDERANÇA LEGÍTIMA E RESPONSÁVEL

Um dos traços marcantes de um líder no exercício do poder é ser seguido por seu exemplo, sua conduta se tornar paradigma do correto. O modelo da liderança tem muito de sua personalidade, sem que signifique autoritarismo.

É imprescindível existir autoridade, formal e de direito, que seja reconhecida na prática sem carecer de imposição, a qual confere a ordem exatamente pela atitude que demonstra em todos os momentos. O cargo por si só legitima autoridade, todavia a ação é que a torna real, cristalina e cria a condição do reconhecimento na prática.

Segue sempre na frente, com cuidado para não se distanciar dos liderados e deixar de ser enxergado. Projeta em todos os instantes um olho no presente e outro no amanhã, pensando o hoje espectando o futuro.

Perde valor e força o líder que vive se lamentando da conjuntura nova adversa que se apresente, por contaminar seus liderados, tirando a energia tão necessária para os embates. Lideres chorões que jogam culpa nos problemas ao invés de procurar soluções, terão equipes sem dúvidas a sua semelhança.

O processo é de extrema conseqüência danosa. A energia quebrada intercepta as chances da busca de oportunidades, pelo fato de se eximir da responsabilidade com os resultados. Definitivamente, a responsabilidade sobre tudo que acontece é de sua liderança, em especial de quem o ocupa o topo na hierarquia diretiva.

Um líder não se faz apenas pela sagração ou consagração, como um monarca real ou uma autoridade eclesiástica. Ele mescla teoria e prática. Tem carisma, sabe convencer, não precisa ordenar, e convence pela própria atitude perene. Tem a coragem necessária para entusiasmar sua equipe nas adversidades. De sua tenacidade e ação responsável, advem o vigor e a integração de seus liderados, nascendo à responsabilidade coletiva.

O líder pensa, orienta e inspira. Sabe delegar, ficando sempre a disposição. Para ele, delegar não é transferir obrigações e compromissos, e no insucesso culpá-los. Assina embaixo.

Não se rende nem desanima mesmo nas grandes dificuldades. Guerreiro por índole, jamais foge da luta, estimulando forças e esperanças continuadamente nos seus liderados.


HONRA, VIRTUDE DOS ÍNTEGROS

Honra é virtude, regra de conduta, segundo os princípios morais mais elevados, companheira inseparável da verdade.

Honrar é demonstrar profundo respeito pelo semelhante. É a forma de tratamento que devotamos as pessoas que respeitamos. É não fraudar, mentir ou subornar. O substantivo honra expressa o resultado da maneira como vivemos.

Da pessoa honrada se diz acreditada, íntegra e confiável, tida no mais alto conceito em tudo que é considerado certo.

Surge o argumento das leis. Há um provérbio latino que interroga de que valem as leis sem os costumes? Lei forte passa-se por baixo, lei fraca por cima - é a cultura da burla. Rui Barbosa, do alto de sua grandeza moral e inteligência, foi soberbo e definitivo: “leis que não protegem nossos adversários não podem nos proteger.”

Ninguém é honrado se convive com abusos. Abusar é a prática, apesar de haver quem defenda regras para os outros, exceções para nós, versão do conhecido jargão para os amigos os favores da lei, para os adversários, seus rigores.

As faltas de clareza nas atitudes e decisões não recomendam bem. Há uma quebra importante da confiança e harmonia, decorrente do clima de subterfúgio que estabelece. Existe inclusive, no que concordamos, significar o emblema da fraude, do errado que se quer ocultar, da corrupção.

Vivemos com honra quando nos mantemos fiéis ao que acreditamos ser certo. Honramos nossa família, nosso país, quando somos fiéis àquilo que mais representam. Favorecemos nossa honra quando aceitamos e assumimos responsabilidade pessoal pelas nossas ações.

Ser honrado não é o mesmo que receber honrarias. Ser é virtude, predicado, conquista, mérito. Receber depende dos outros, concessão, nem sempre meritória.

Honra sendo virtude tem seus limites. Ninguém tem compromisso com erros, equívocos, abusos, o possessivo ou a ineficiência. São momentos de grandeza onde somos obrigados, muitas vezes, a trocar ou negar algo de histórico ou tradicional que se deteriorara, precisa ser substituído. Afinal, os bons costumes e as boas práticas assim recomendam.

Honra é o sério e o romântico - a poesia da vida!

“Quando se chega ao ápice do poder, existe o perigo de acreditar, capaz de fazer qualquer coisa que deseje, admitir que todo ponto de vista pessoal é necessariamente aceito ou pode ser imposto ao conjunto social”.

domingo, 13 de março de 2011






 

Canto da Estrada

Montado em minha motocicleta

e de coração leve
eu enveredo pela estrada,
saudável, livre,

com o mundo à minha frente,
levando-me aonde eu queria.
Estrada minha e de todos,
o que posso lhe dizer
é que não tenho medo de deixá-la,
por mais que a ame
você há de ser para mim
mais do que o meu poema.
Eis como hão de ser os dias

 que lhe podem suceder
nem bem chegando à cidade

à qual era destinado
dificilmente se há de estabelecer
e ter alguma satisfação
sem que ouça um apelo irresistível
a de novo partir 

BIKE PARTY
VERDADEIROS ENCONTROS DE MOTOCICLISTAS
PARTE 1






"se eu tiver que explicar, 

voce não entenderia"

Envelhecer é mais do que ter cabelos brancos.
Viagem de noite somente com um cobertor.
Metade das vezes não havia destino, 
não havia mapas.
Tratava-se apenas de pegar uma estrada,
qualquer estrada,
eventualmente você iria parar em algum lugar.
E com tantos dias na estrada
é óbvio que não tínhamos chuveiro,
somente os córregos ou
a pia de algum posto de gasolina.
O que você vestia quando partiu é o
que você estaria vestindo ao voltar pra casa.
Hoje são feitas reservas com antecipação em hotéis,
mas só depois de procurar na Internet
A primeira coisa que vai à bagagem é o cartão de crédito,
seguido pelo GPS para que eles não se percam
e possam encontrar o caminho de volta pra casa.
Não mencionei o celular porque é algo óbvio
Eu sinto profundo pesar pelos novos bikers
que não curtiram a estrada do jeito que ela costumava ser.
Cada geração curte o que faz e o jeito como faz,
certamente eu não posso lhes negar isso.
Que vocês rodem por muito tempo.

sexta-feira, 11 de março de 2011








A vida do motociclista que pertence a estrada.
Sua motocicleta que é tudo para você,
Porque para algumas pessoas,
A sua motocicleta é a sua vida. 
Mas não me venha falar de determinada marca de motocicleta
E não dizer nada sobre a pessoa que pilota,
Por favor,
Não importa qual a motocicleta,
Mas sim a minha motocicleta.

Definição tradicional de motociclistas:
Um homem que leva uma vida
Que gira em torno de fazer parte da irmandade
De pilotos de motocicletas. 

E compartilhar as atitudes tradicionais
Sobre o código da estrada.

Perguntas controversas:
 São os que vão a encontros, os motociclistas? 
 São os que trabalham todo dia com sua moto, os motociclistas? 
 São os que rodam sem destino, os motociclistas?
 São aqueles que não dão as costas quando você precisar deles?

 Em conclusão, os motociclistas é um estilo de vida. 
Às vezes é um "estilo de vida com atitude".